Entre as muitas características das cidades inteligentes, uma se destaca por sua importância: a boa mobilidade das pessoas. E hoje, graças ao avanço tecnológico, é possível mapear as necessidades dos usuários dos transportes urbanos, economizando tempo e dinheiro. Considerando que a mobilidade não afeta apenas a vida da população, como também exerce grande influência na prosperidade econômica, as cidades devem investir em soluções inovadoras para garantir um futuro melhor. Como obter esse sucesso?
Estudo global da consultoria Deloitte enumera três passos, começando com a necessidade de se oferecer múltiplos modos de transporte integrados, que garantam um sistema relativamente seguro (o que inclui manutenção de estradas e vias, além de infraestruturas que minimizem congestionamentos).
Em segundo lugar, para implementar a mobilidade precisamos gerar sistemas eficientes de inovação e coordenação entre investidores e governos, capazes de adotar decisões estratégicas que reduzam impactos ambientais negativos.
O terceiro passo sugerido pela consultoria é tornar a mobilidade urbana acessível a todos os cidadãos. Seu estudo constatou que as cidades inteligentes líderes nessa área oferecem cobertura no transporte público e vários meios alternativos de locomoção.
Algumas cidades densamente povoadas, como Londres, Singapura e Berlim (foto) obtiveram os melhores resultados na pesquisa de mobilidade de transporte, basicamente em função dos altos investimentos dentro e fora dos perímetros urbanos. Já metrópoles como Nova York ou Chicago, embora até ofereçam boas condições de transporte interno, deixam a desejar quando esse sistema se expande para fora desses limites. Isso em parte se deve, segundo o estudo, à falta de integração, coordenação e governança efetiva entre transportadores e reguladores, e entre órgãos públicos e privados.
Mais do que consumir altos investimentos financeiros, o sucesso da mobilidade depende mais dessa integração inteligente aliada à inovação. E hoje, graças aos rápidos avanços tecnológicos, cidades ainda precárias nessa área agora já têm a oportunidade de remodelar radicalmente seu cenário de mobilidade nos próximos cinco a dez anos, desenvolvendo estratégias mais integradas que envolvam os setores privados.
Do lado público, setores governamentais devem incentivar o compartilhamento de dados, monitorar a cibersegurança, incentivar a inovação das empresas e estabelecer regras a serem seguidas pelos fornecedores de transporte e mobilidade, conclui o estudo.
Comentários