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Foto do escritorPaulo Eduardo Nogueira

Recursos de Cidades Inteligentes podem ajudar gestores urbanos no combate ao coronavírus



Tecnologias de Cidades Inteligentes podem ajudar no combate à pandemia do coronavirus (COVID-19), que hoje assusta todo o planeta e para a qual ainda não há medicação específica. A Universidade de Newcastle, na Inglaterra, por exemplo, está usando sensores e coleta de dados para detectar se a população obedece ou não as medidas de distanciamento social, limitando assim a propagação do vírus.


Ao analisar nada menos que 1,8 bilhão de dados coletados nos últimos anos sobre movimentação naquela cidade, o Observatório Urbano da universidade, encarregado da pesquisa, constatou: após o início da pandemia, a movimentação de pedestres caiu 95% (ótima notícia) e o tráfego de veículos em 50% (não tão animadora).


E os pesquisadores foram além, elaborando modelos capazes de até medir a distância entre pedestres, utilizando para isso sistemas de indicadores de semáforo já existentes. Batizados de “olhos e ouvidos das cidades”, esses sensores urbanos podem ser também utilizados em uma gama de desafios, que vão da melhoria da qualidade do ar à integração dos sistemas de transporte ou alertas sobre mudanças climáticas, segundo exalta a Universidade de Newcastle, que já desenvolveu mais de 50 tipos de sensores em sua rede.


Outro exemplo vem da Coreia do Sul, onde a utilização de um data hub (arquitetura que armazena, compartilha e disponibiliza dados) para detectar antecipadamente e controlar a propagação do coronavirus surtiu efeitos positivos: lá, a duplicação de casos levou 41 dias, enquanto nos Estados Unidos e Inglaterra só precisaram de pouco mais de uma semana.

Como todo avanço tecnológico, porém, esse “excessivo controle” da movimentação das pessoas gera temores sobre ameaças à privacidade e às liberdades civis de uma sociedade. Para combater doenças é necessário vigiar as pessoas? É uma dúvida que assola muita gente e para a qual há muitas visões diferentes.


Plataforma colaborativa


Para ajudar no combate ao coronavírus, o Smart Cities Council lançou há poucos dias uma plataforma colaborativa online para ajudar os gestores urbanos a definir suas necessidades e centralizar seus planos para mitigar as consequências da Covid-19. A Smart Cities Activator, como foi chamada, inclui métodos para montar uma equipe, providências para evitar possíveis riscos e ferramentas úteis de tecnologia, entre outros. O roadmap pode ser acessado no link:


Imagem: Urban Observatory - Newcastle University

Paulo Eduardo Nogueira é jornalista formado Master em Jornalismo, autor do livro "Paulo Francis - Polemista Profissional" e editor do blog da Comunidade da Inovação

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