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Soluções baseadas na natureza ajudam a recuperar o meio ambiente



Nos últimos 60 anos, a humanidade provocou mais degradações ambientais do que em toda a história do planeta, com perda da biodiversidade, escassez hídrica e avanço do nível do mar. O alerta é do estudo Avaliação do Ecossistema do Milênio, feito pela Organização das Nações Unidas (ONU). Como reverter esse desastre? Uma das opções que vem ganhando destaque é a NBS ou SbN (Nature-Based Solutions ou Soluções Baseadas na Natureza, em português), utilizada para estabelecer gestão sustentável e enfrentar desafios socioambientais, como, por exemplo, mudanças climáticas, poluição de águas, queda de biodiversidade e efeitos sobre a saúde humana, entre outros.


O conceito de NBS, elaborado inicialmente pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN, sigla em inglês), tem como objetivo obter soluções que venham da natureza e ofereça ao mesmo tempo benefícios ambientais, sociais e econômicos. Qualquer semelhança com ESG (Ambiental, Social e Governança), não é mera coincidência, embora a NBS ainda esteja bem atrás, inclusive no Brasil, principalmente pela falta de estudos acadêmicos mais profundos (ao contrário da ESG, que vem recebendo maior destaque, com seminários e até colunas fixas em meios de comunicação).


Basicamente, a ideia da NBS é atuar na natureza para fornecer benefícios à biodiversidade, por meio de ecossistemas bem manejados. Assim, obtém-se a melhor relação custo-efetividade, que pode ser medida, verificada e replicada, sendo mantida por fontes de financiamento público e privado. Tudo isso visa, em última instância, gerar maior bem-estar aos seres humanos (desde que estes também façam sua parte e evitem ações poluidoras).

Para fazer avançar a NBS serão precisos, porém, grandes investimentos. Estudo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, recentemente lançado, por exemplo, prevê a necessidade de US$ 8,1 trilhões até 2050 para implementar as ações baseadas na natureza. Mas isso só será possível se houver uma ação conjunta de governos, instituições financeiras e empresas, elegendo a natureza como alvo central das decisões econômicas do futuro, acrescenta o estudo.


A resposta deve ser rápida: a perda da biodiversidade já faz a economia mundial perder 10% de sua produção anualmente, prejudicando sobretudo setores fundamentais como educação, saúde e emprego. Quanto mais se demorar em superar esses desafios, pior ficará o planeta, muito distante do desenvolvimento sustentável.


Imagem: ELG21 by Pixabay



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